segunda-feira, 31 de maio de 2010

Encontro com a escritora Maria de Menezes

dia 27 de Maio os alunos  professoras receberam a escritora Maria Saraiva de Menezes que contou a história do "Vasco das Forças". Esta história aborda a temática da violência escolar (bullying). Vasco é um menino que deixou de gostar de ir para a escola porque outros o maltratavam.
"Os estudos realizados apontam que o bullying principia no jardim -de-infância, parece atingir o seu auge durante no 2.º e 3º ciclos do Ensino Básico e declina entre o ensino secundário e o superior. No entanto, a investigação também tem demonstrado a existência de bullies no local de trabalho, nos contextos familiares e sociais."
Luís Picado ( Doutor em Psicologia da Educação e Professor Coordenador do ISCE - Instituto Superior de Ciências Educativas).

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Exposição do Plano Nacional de Leitura

A Coordenadora do PNL (Plano Nacional de Leitura) propôs e todos os professores aderiram na construção de um livro gigante. Eis o resultado da exposição dos trabalhos da EB1 Sofia de Carvalho, EB1 Almeida Garrett e Jardim - de -Infância Almeida Garrett que esteve patente na Escola Básica Intagrada  na semana de 24 a 28 de Maio.





quarta-feira, 12 de maio de 2010

Encontro com o ilustrador Vasco Parracho

A Biblioteca Escolar convidou o ilustrador Vasco Parracho e no dia 12 de Maio as turmas do 1ºA, 1ºB, 2ºA e 3ºA receberam-no. Os alunos do 1ºA e 1º B quiseram fazer ilustrações sobre a história " O Planeta doce". Esta história foi inventada pelos alunos do 1. A com a sua professora Arminda. Os alunos do 2º e 3º ano quiseram simplesmente aprender a desenhar personagens das histórias tais como, dragões e princesas.

Vasco Parracho é licenciado em pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa em 2005. Expõe desde 2000 essencialmente na zona da Grande Lisboa. Para o conheceres melhor consulta os seus blogues. A ligação aos seus blogues já se encontram aqui no Blog da tua Biblioteca, no espaço " Blogues para consultares".

Aqui fica o momento deste encontro em que pudeste aprender as técnicas. Uma delas já conhecias . É a técnica do silêncio.




sábado, 1 de maio de 2010

Uma história para ti

Joca e o prato de sopa
de António Torrado

O Joca faz cara feia à sopa. Diz ele que se engasga.
- Não te engasgas com o bife nem com as batatas fritas... - diz-lhe o pai. - Porque será?
A verdade é que o Joca não gosta de sopa. Já os pais estão na fruta e ele ainda a remanchar, ora uma colher ora outra, muito enfadado, diante da sopa fria.
No outro dia, foi lá jantar o tio Alfredo. Sabedor do desgosto do Joca pela sopinha, disse que ia preparar uma sopa especial, uma raridade, que tinha dado que fazer a mais de mil homens.
Fechou-se na cozinha, onde se demorou que tempos, e quando terminou o preparo anunciou:
- Todos para a mesa, para provarem a sopa que custou o trabalho de mais de mil.
Veio a sopa para os pratos e nenhuma diferença fazia das sopas já conhecidas e rejeitadas pelo paladar do Joca.
Ele assim o disse, à primeira colherada:
- Se deu que fazer a mil homens ou só deu que fazer ao tio Alfredo vale o mesmo.
- Enganas-te - atalhou o tio Alfredo. - Vamos nós fazer as contas aos homens que trabalharam para a tua sopa.
Pegou num papel e numa caneta e começou a contar:
- Primeiro, os legumes da sopa. Calculas quantas pessoas foram necessárias para lavrar a terra, mondar as ervas, regar a horta? Agora acrescenta os ferreiros que fabricaram os sachos, os mecânicos que armaram o arado, os operários que construíram o tractor, os latoeiros que fizeram os regadores...
- Agora a rega é toda mecanizada - lembrou o pai do Joca.
- Mais me ajudas - disse o tio Alfredo. - Quantos engenheiros foram necessários para inventar a rega por aspersão? Quantos operários para apurar os instrumentos de rega? Quantos homens para fabricar as bombas de água, que a vão buscar aos rios? E quem fez as mangueiras? Quem concebeu a mecânica dos óleos, que accionam as bombas de água?
Tanta gente à volta de um prato de sopa! Cem? Duzentos? Trezentos homens, cansados de trabalhar? Os pais do Joca e o tio Alfredo faziam cálculos de cabeça.
- Aos legumes, acrescenta o arroz. As mais das vezes são mulheres quem cuida dos arrozais - explicou o tio Alfredo. - E quem trata do ensacamento? Quem acondiciona? Quem transporta? Quem distribui pelos armazéns? Quem o vende nas lojas e nos supermercados? Mais umas centenas.
- Alfredo, não te esqueças do sal - lembrou a mãe do Joca.
- Pois claro que não me esqueço dos salineiros, que levantam o sal das salinas. Sem a contribuição deles, a sopa não tinha gosto.
O tio Alfredo continuava inspirado, somando parcelas, acrescentando gente. Enquanto ele sussurrava números debruçado sobre o papel, o pai do Joca tomou-lhe o fio à meada:
- E o construtor do fogão, que cozinhou a sopa? E os fabricantes do gás, que acendeu o fogão? E os químicos que produziram o fósforo, com que se fizeram os fósforos, que acenderam o gás, que chegou aos bicos, trazido pelas condutas, escondidas no fogão, que cozinhou a sopa? - pergunta o pai do Joca, quase sem fôlego.
- E os lenhadores que cortaram as árvores, que os serradores serraram e outros mais partiram e repartiram, até chegarem a fazer os paus dos fósforos? - disse a mãe do Joca, quase a rir-se.
- Chega! Chega! - gritou o Joca. - Já comi a sopa toda. - O que é que há a seguir?
Ia ter que esperar, porque, diante dos pais do Joca e do tio Alfredo, os pratos de sopa ainda continuavam cheios...